O Projecto MKUltra, por vezes referido como o programa de controle mental da CIA, era o nome de código atribuído a um programa ilegal de experimentos em seres humanos, projectado e realizado pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA). Os experimentos em humanos tinham como objectivo identificar e desenvolver drogas, álcool, tatuagens e procedimentos para serem usados ​​em interrogatórios e tortura, a fim de enfraquecer o indivíduo para forçar confissões por meio do controle da mente. O projecto foi coordenado pela Divisão de Operações Especiais do Corpo de Químicos do Exército dos EUA. O programa começou no início da década de 1950, tendo sido oficialmente sancionado em 1953 e oficialmente interrompido em 1973. O programa envolvia-se em muitas actividades ilegais. Terá usado cidadãos norte-americanos e canadenses inconscientes como objectos de teste, o que gerou polémica em relação à sua legitimidade. MKUltra usou ainda várias metodologias para manipular os estados mentais das pessoas e alterar as funções cerebrais, incluindo a administração sub-reptícia de drogas (especialmente LSD) e outros produtos químicos, hipnose, privação sensorial, isolamento, abuso verbal e sexual, bem como várias formas de tortura.

 

O Projecto MKUltra foi trazido à atenção pública pela primeira vez em 1975 pelo Comité da Igreja do Congresso dos EUA e por uma comissão de Gerald Ford para investigar as actividades da CIA nos Estados Unidos. Os esforços investigativos destas duas entidades foram prejudicados, tendo o director da CIA, Richard Helms, ordenado que todos os arquivos do MKUltra fossem destruídos (em 1973). As investigações do Comité da Igreja e da Comissão Rockefeller basearam-se no testemunho juramentado de participantes directos do experimento e no número relativamente pequeno de documentos que sobreviveram à ordem de destruição de Helms.

 

O projecto, embora continue ultra secreto, obteve uma nova abordagem e foi revigorado. Em 1993 e também mais recentemente, em 2016, foram criados dois projectos que visam a investigação de alguns componentes bases do projecto MKUltra (HAARP e Neuro-Link), absorvendo assim todo o projecto MKUltra para poder evoluir as pesquisas suspensas em 1973 através da destruição de grande parte da pesquisa.